sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Informaçoes gerais sobre o nosso fechamento

Como anunciado em nossas mídias sociais, estamos encerrando nossa loja. Foram 3 anos de muita luta e suor para oferecer peças lindas em corpos plurais e estabelecer nossa marca.

Infelizmente, faltou fôlego para continuar. Realizamos a nossa promoção de encerramento em dezembro, mas não foi o suficiente para manter as portas abertas. Aqui explicamos nossa decisão.

Então assim terminamos essa jornada e encerramos esse ciclo. O site será desativado e suas informaçōes ficarão armazenadas apenas por questōes fiscais. Os dados de clientes que realizaram compras serão destruídos após o período que atenda as exigências legais.

Para as últimas clientes que ainda não receberam seus pacotes, no seu email está o código de rastreamento. Você pode acompanhar a entrega pelo site dos correios.

Caso ainda precise de ajuda,você ainda possui atendimento pelos canais:

 Instagram: @catwalkplus 

 email: miaujuda@catwalk.plus

Desejamos um feliz 2024 a todos que nos apoiaram nessa jornada. Até a próxima.

Equipe Catwalk.plus

 

 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Um até logo. Deixamos o nosso muito obrigada.

Chegamos no fim de 2023. Foi um ano intenso, eu diria que foi a versão 3.0 do ano pandêmico. A catwalk.plus surgiu por uma necessidade de liberdade, revitalização e autenticidade na produção de moda. Foi de nossa utopia, trazer corpos reais e criar uma marca verdadeira e ética. Ética com nossos fornecedores, ética com nossas clientes. Quem chegou aqui, quem comprou na loja, recebeu o seu produto embalado com carinho. Um produto designado para nossos corpos, pensados desda da concepção, modelagem, estilo, tecido e costura.

Foram muitos erros no processo. Foram alguns acertos. Sabemos que fizemos tudo de coração, mas competir com essa indústria violenta é cruel. E como projeto e concepção, a catwalkplus deu muito certo. Quem conheceu a marca, quem comprou, sabe bem do carinho que recebeu. 

Nossos produtos, foram fiéis com a cadeia de produção também. A seleção de tecidos foi realizada em lojas locais. Os fornecedores escolhidos a dedo, pagando valores acima do mercado, pois achamos justo valorizar costureiras e quem produz. Tentamos, na medida do possível manter preços reais ao processo de produção, deixando a lucratividade em segundo plano. Nosso objetivo inicial, era pelo menos se estabelecer como marca e que as venda, pudessem manter a loja, os empregados e a publicidade investida.

Infelizmente, nosso fôlego não foi o suficiente. As vendas não supriram os nossos custos operacionais e a publicidade necessária para continuar. Competir com grandes nomes como a Shein e outras marcas é desigual, porque nossos valores são diferentes. Não podemos oferecer preço, senão exploramos as pessoas. Sabemos também que o público plus size é marginalizado e possui menor poder de compra.

Então é com muita tristeza que resolvemos fechar a loja. Continuamos durante esse ano, além de nossos limites, por nossa utopia. Mas reconhecemos que estamos exaustas e nossa saúde física e mental devem ser prioridades. Quem sabe nos vemos em outro momento?

Estamos deixando o site com 50% de desconto em absolutamente todos os produtos. Utilize no checkout o cupom FIM50 para sua última compra conosco. Garantimos a entrega de todos os pedidos. Ética sempre foi o nosso modelo de negócio e seguiremos assim até que nossa última cliente fique divina.

Agradecemos muito de coração a todas nossas clientes e pela experiêcia dessa jornada. O nosso muito Obrigada.

Um abraço à todas.

Equipe Catwalk.plus



quinta-feira, 20 de julho de 2023

Vestibilidade & Conforto


 

Explicando de forma bem simples e leiga, a vestibilidade nada mais é do que um indicador de quão bem uma roupa pode vestir um corpo.

E é  a partir da concepção da peça que devemos pensar nisso. Levando em consideração o corpo que vai vestir esse produto final, escolhemos o melhor tecido, aviamentos e molde para conferir um caimento adequado e boa vestibilidade. Esse negócio de “ah, mas cabe” é pura falácia. Porque pode caber mas não ter sido feito para esse corpo. A não ser que estejamos falando de uma roupa maior que o usuário, insistir em usar uma peça apertada, não vai ser uma experiência muito agradável.

Devemos considerar que o corpo precisa se movimentar sem que a roupa atrapalhe ou limite os movimentos. Tais como levantar os braços, o curvar das costas, o ato de se sentar, etc... E se o tecido plano não possui elasticidade natural suficiente para acompanhar esses movimentos do corpo, entra em cena o elastano na composição dos tecidos ou na construção malha, que já possui alguma elasticidade própria. 

Mas a verdade é que dependendo do caimento desejado para a peça e o tecido escolhido, é necessário adicionar uma folga de vestibilidade para maior conforto ou ajuste. Então JAMAAAAAIS insista numa peça que esteja justa demais no corpo (a não ser que ela possua elastano). Porque,  meu anjo, vai rasgar. E se não rasgar de imediato, vai incomodar. Certeza!

Mesmo que a gente esteja aqui focando em corpos maiores, essa regra serve para a criação de moda para qualquer corpo, viu?! É física básica rs


E vamos combinar que essa moda do desconforto já foi, né?! Alguém ainda tá nessa? Porque pelo que eu sei, tudo que a gente quer hoje em dia é ficar bonita, confiante e CONFORTÁVEL.

Cabe a todos os criadores de moda se reinventarem para ir além da alta costura e pensar em roupas que abranjam uma diversidade maior de corpos.
Moda real para pessoas reais. Pessoas que utilizam transporte público, que trabalham e passam perrengues no dia a dia e mais importante que isso, não vivem no alto da torre de marfim elitista da moda.

E aí, conta pra gente! O que você pensa desse assunto?

quinta-feira, 25 de maio de 2023

O Culto à Magreza de volta à moda?


A verdade é que infelizmente o culto à magreza nunca saiu de moda. Segue o fio…

Desde que as mídias sociais se estabeleceram, houve espaço para debates e questionamento de comportamento social e identitário. O ambiente da internet nos primórdios das redes sociais era de troca e crescimento coletivo. Até a página dois. 

Porque no momento em que as marcas entram nesses espaços, claramente com o objetivo de lucrar e ampliar suas conexões, elas logo tratam de adequar seu discurso nas plataformas. Afinal, quem não surfa na onda leva caixote. 

Sabendo-se que as plataformas cresceram exponencialmente devido ao engajamento de seus usuários e principalmente pelo financiamento publicitário dos anunciantes, é importante entender que a partir daí, as plataformas fatalmente modificarão suas estratégias para empurrar o discurso de quem enche o cofrinho. $$$ Porque no sistema capitalista, quem detém o  poder, é quem tem o dinheiro.

E assim nasce o culto à magreza! O maior esquema de lucratividade através da insatisfação pessoal. E isso faz a gente pensar em algumas questões.


Por que será que as marcas ainda insistem na produção de uma moda excludente?

Simples. Porque pessoas insatisfeitas com seus corpos consomem mais. Seja para se sentirem pertencentes ou menos excluídas. 

E principalmente porque não existe interesse real de romper com o modelo arcaico de produção que é praticado. Isso daria bastante trabalho, é verdade. 

Pra isso seria necessário qualificar profissionais, sair da bolha da moda que só enxerga o padrão e abandonar essa valorização teatral de marca. Seguir de fato à risca os discursos “inclusivos” praticados por essas marcas de ética questionável que vendem roupas tamanho 42/44 como plus size. Mas é claro que quem “compra valores” não quer ter todo esse trabalho. 

Do ponto de vista estratégico se manter no status quo é mais fácil para as marcas. Afinal, não se mexe em time que está ganhando não é mesmo? Mas se tem alguém ganhando, é porque tem alguém perdendo.

E somos nós. Corpos marginalizados e fora do padrão estético aceitável socialmente. Essa estratégia de retornar ao modelo de magreza trata nossas necessidades como consumidoras como um mero fetiche ou uma tendência passageira. E isso é cruel pra caramba!

Os corpos gordos sempre existiram. Assim como corpos com deficiência. Mesmo que a moda ignore nossas necessidades de consumo perpetuamente, a verdade é que nossa existência não deveria ser tratada como tendência.

Sorte minha ter comprado da última coleção porque a partir de agora meu corpo não tem mais o direito de se vestir?

Porque ainda estamos à mercê da narrativa desses interesses corporativos? 

Será que podemos depositar nossas esperanças em marcas que sejam mais justas com suas consumidoras e que desenvolvam roupas pensadas para esses corpos que são constantemente invisibilizados?

Nós acreditamos que para atender DE VERDADE nossos corpos é necessário entender e acomodar a existência de pessoas fora do padrão como uma realidade tangível e mensurável.  Nós precisamos de uma revolução na indústria da moda. No modo de pensar e de produzir.


E é isso que nós estamos tentando construir. Nossos valores são mais importantes do que nosso lucro. Sim, somos uma empresa. Sim, vivemos nesse sistema excludente. Mas não acreditamos em colocar lucratividade na frente da ética. Por isso, estamos criando uma marca que escuta e age nas dores de nossas consumidoras. Dores essas que são nossas também.

Queremos ser uma marca que constrói identi­dade de vestir com o seu próprio corpo. Que constrói beleza em sua natureza sem querer transformá-la para se adequar aos interesses do capital.

Não temos intenção de fazer fat washing aqui. Nossa proposta é verdadeira. Estamos cansadas do narcisismo da Anna Wintour (Se você não pegou a referência, a gente ajuda. Lembra da Miranda Priestly de “O Diabo veste Prada”? Então. É inspirada nela.) e do discurso de beleza de gigantes como a Vogue. 

Vamos construir juntas, peças que nos valorizem e que revelem nossa real identidade roubada por essa indústria da insatisfação.

Contem com a gente!

Sinceramente, Equipe Catwalk Plus

terça-feira, 9 de maio de 2023

Dia das Mães: Como conectar com o nosso público sem romantizar a maternidade?

O dia das mães é uma das datas comerciais mais importantes para alavancar vendas. Mas por ser uma data comercial, infelizmente os discursos utilizados para vender, na maioria das vezes se apoiam em estereótipos de modelos de maternagem funcional. E essa estratégia de vendas imposta pelo sistema socio econômico vigente atua de forma super cruel e injusta. Principalmente com mulheres.

E apesar de sermos uma marca de roupas, e uma empresa com fins lucrativos, sabemos o quanto essa data pode causar gatilhos em todes nós. Portanto elaborar uma campanha não romantizadora e alienante sobre a maternidade não foi nada fácil. Não queríamos ser clichês e negligenciar as dores associadas à maternidade. Essas dores também são nossas. Somos mulheres, mães e sabemos das dificuldades e imposições sociais que essa função nos coloca todos os dias.

Por isso fizemos questão de desconstruir esse modelo com um sarcasmo direto e ficamos muito entusiasmadas com o nosso resultado. A peça foi inspirada no filme Garotos de programa de 1991 (My own private Idaho) do diretor Gus Van Sant e no elenco temos o jovem Keanu Reeves e River Phoenix. 

O filme fala sobre um garoto de programa, vunerável que possui narcolepsia, uma disfunção neurológica que o leva a dormir em momentos de extremo estresse. O personagem possui uma vida à margem da sociedade. Ele é gay, morador de rua e culpabiliza sua exclusão social à ausência de uma família funcional. Especialmente pela figura paterna. 

Toda vez que a personagem se vê em uma situação de estresse, ele se refugia no seu inconsciente. No acalento do colo materno. Mesmo de forma desconexa, esse é o único recurso que ele encontra como artifício de sobrevivência e resistência. 


Esse filme sempre me tocou, não apenas pela sensível direção do Van Sant, ou pela incrível interpretaçāo do River Phoenix, mas por trazer a discussão do papel familiar na teia social. 

Ser mãe nesse sistema exploratório é isso, somos criaturas vulneráveis e fragilizadas em constante resistência. 

A maternidade coloca no colo da mulher uma carga desumana de responsabilidade social que deveria ser provida por uma rede de suporte coletiva. Nessa carga social individualizada, a maternidade é um ato de resistência e sobrevivência para continuidade da vida.

Assim como o personagem do filme foge para o insconsiente à procura de um colo onde se sinta confortável para expor sua fragilidade, nós também nos sentimos órfãs. 

Somos "abandonadas' nesse sistema onde os desafios e responsabilidade da continuidade da espécie são postos individual e exclusivamente nas mãos de nós mulheres, onde somos resignadas ao papel único de "mães". E lançadas à nossa sorte sem recursos ou voz para garantir a nossa própria existência e identidade.

Portanto nossa campanha quis mergulhar nessa narrativa, porque é a minha, ou melhor, a nossa experiência real de maternagem. 


 

Eu sei, ficou pesado, né? Mas essa reflexão é essencial para entendermos porque estamos sempre tão cansadas, sabe?

Então desejamos um bom dia das mães. E se não for possível, lembre-se que essa é apenas uma data comercial. 

E claro, se for viável, APOIE nossa marca para continuar seguindo em frente com nosso modelo de negócios. Feito por mulheres empreendedoras, tentando trazer mais ética e sustentabilidade na indústria da moda. Estamos tentando alavancar discussōes comuns às nossas dores reais, sem enfeites ou washing

Lembrem-se que vocês podem nos ajudar comprando na nossa loja, ou simplesmente engajando nas nossas ações nas mídias sociais. Vamos ampliar nossas vozes e nosso alcance!

Deixe também seu comentário nesse post e siga com a gente.

Equipe Catwalk.plus

 

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Vancouver Fashion Week (Parte 2)

Essa é a segunda parte da série de posts da Vancouver Fashion Week. Você pode ler a primeira parte aqui.

Nos três primeiros desfiles não vimos representatividade plus size, o que nos faz refletir sobre o fato da indústria da moda enxergar corpos maiores como exceção e não parte da amostragem real de pessoas. Até aí nada de novo sob o sol. Mas o fato é que a agenda da inclusão parece estar sendo dissolvida pouco a pouco pela indústria da moda sem nenhuma cerimônia. Afinal, para uma REAL inclusão , a mudança teria de acontecer na infraestrutura da cadeia produtiva de desenvolvimento.  E isso custa caro operacionalmente falando. E vamos ser francos aqui... todos sabemos que quase ninguém está disposto a ter esse trabalho.

Por isso é importante apoiar e compras de pequenas marcas (como a nossa) que assumem esse compromisso. De bater de frente com a estrutura vigente e oferecer moda para todos. Nossa existência como marca por si só, vai contra todos os alicerces da indústria de moda. Isso porque nos recusamos a  tratar a nossa comunidade e corpos como tendências descartáveis. Nós também somos gordas. E sabemos que corpos reais URGEM por representatividade.

Mas retornando ao Vancouver Fashion Week, na segunda parte de desfiles tivemos as marcas Unserten e AyLelum.

Unserten:

Como o próprio nome da marca propōe, unserten é um trocadilho com a palavra em inglês 'uncertainty'  que significa incertezas. A marca procura por uma moda autoral e não convencional.

Na catwalk (você sabia que catawalk é o termo em inglês para se referir à passarela?!) a marca trouxe uma assinatura gótico-punk, remetendo aos figurinos assinados por Jean-Paul Gautier nos filmes do Almodóvar na década de 90. Assista os figurinos sanguinolentos de Kika com seus tons de vermelho e preto e compare com a proposta da marca. Obviamente unserten possui uma característica gótica autoral mais sombria do que as alegorias do Jean-Paul Gautier. A designer explora formas e cortes com o uso de tecido longos escuros e lisos. O acessórios são estranhos e inconvenientes, mas ao mesmo tempo com uma estética fascinante.

Ay Lelum:

É uma marca com raízes indígenas Canadense da regiāo da Columbia Britânica, mais precisamente Nanaimo na ilha de Vancouver. O desfile foi o único dos assistidos onde vimos modelos plus size e representaçōes com modelos mais maduras. Ainda corpos gordos menores, mas a marca se propōe a fazer peças até o 5XL. Na passarela elas vieram representado peças celebrando estampas com simbologia indígena e desenhos característicos dos povos originais da região. As peças possuem cortes simples mas são de uma beleza impressionante com suas cores vibrantes e estampas conceituais.

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É sempre bom poder participar de eventos como esse para estudar as tendências e procurar inspiraçōes. Infelizmente, apesar de mais inclusivo do que ediçōes anteriores ainda é um espaço segregador para pessoas maiores, tanto na sua organizaçāo quanto na exibição, curadoria de peças, designers e modelos.

 Quem sabe em próximas ediçōes a catwalk.plus poderá exibir suas peças mais inclusivas com corpos maiores? Para isso ser possível contamos com a sua colaboração. Nos ajude a apoiar a nossa comunidade visitando nosso site, contribuindo com a divulgação no boca-a-boca e em mídias sociais. Você também pode ajudar comprando nossos vestidos e acessórios. Garanto que você não vai se arrepender com a experiência!

Ajude a fortalecer marcas pequenas que apoiam a real inclusão.


Até a próxima.

Equipe Catwalk.plus

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Fomos na Vancouver Fashion Week


A catwalk.plus como marca ainda está conquistando o seu espaço. Por isso estivemos na Vancouver Fashion Week para marcar presença e acompanhar as tendências da moda outono-inverno. 

Obviamente também fomos conferir como o mundo da moda internacional está trabalhando as questōes de inclusividade. Nós todas sabemos que os espaços ocupado pela moda são na verdade muito excludentes. Esse artigo procura fazer uma rápida análise do evento não esquecendo a perspectiva de uma pessoa gorda, porque afinal de contas é essa a pele que habitamos.

O evento ocorreu no David Lam Hall - Chinese Cultural Center na Chinatown em Vancouver. Chegando por lá, já deu para sentir algumas questōes de acessibilidade logo de cara. O espaço não possuia cadeiras suficientes e ou designadas para corpos maiores. Assim como era necessário subir escadas para aqueles que não possuíam ingressos VIP ou com lugares reservados. Assistir vários desfiles em pé por um longo período me causou alguns desconfortos no dia seguinte. 
 
Outra coisa a se notar é que de fato, você não via pessoas gordas de uma forma geral. Apesar de Vancouver ser uma cidade voltada para a moda fitness (a Lululemon nasceu aqui). Vancouver é uma cidade plural e possui uma população gorda considerável. Seus índices são menores do que o resto do Canadá, mas ainda assim é uma fatia considerável da população. O que me fez concluir que esses espaços ainda sāo gatilhos e excludentes para pessoas maiores.  
 
Mas passando a primeira impressão, eu queria de fato ver quais seriam as tendências da estação e o que os designers estavam prontos para mostrar. Então vamos a análise dos 5 desfiles que acompanhamos no dia 4 da VFW.

Maria Alejandra:

A designer tem como proposta criar novas representaçōes da América Latina engajando peças e provocando curiosidade com seus modelos. No desfile observamos cortes e formatos originais de povos indigenas norte americanos, lembrando uma moda um pouco country, com uso de muitas franjas pelas peças. As roupas possuiam um corte longo e despojado, com tecidos que se adequam tanto ao calor quanto ao frio.

 
Chynna Mamawal

A designer da Filipinas é conhecida por sua moda de alta costura com peças que festejam a feminilidade com estéticas oníricas. Na passarela acompanhamos um desfile de cores contrastres, preto, branco e muito brilho em rosa pink. Peças de luxo para festas e eventos do tapete vermelho. Destaque para o terno em pink e o vestido tipo realeza de Versailles também em pink.

 
SAYF

Sinan Hill criou a marca em 2013 após 10 anos como músico de Rap. O desfile mostrou uma moda com a a maiorida das peças masculina streetwear, multicultural com muitos tons de marrom, verde e cor de pele.
 
 
 
 
Esperamos que tenham gostado da nossa pequena cobertura do evento. Publicaremos a segunda parte desse post em breve com os desfiles da Unsertein e Ay lelum e nossa conclusão final do evento. Fique de olho. Mas enquanto isso, dá uma olhada no nosso catálogo de produtos e se você assinar nossa newsletter ganha 25,00 reais de brinde na sua próxima compra. Aproveite.
 

quarta-feira, 8 de março de 2023

A Gordofobia, o Dia Internacional da Mulher e o Feminismo

 



Mesmo que às vezes não pareça, as pautas feministas não estão desasociadas da luta antigordofobia. Na verdade elas fazem parte da agenda do sistema opressivo em que estamos todas inseridas.

Quanto mais pautas nossos corpos representam, maiores as nossas chances de violência física e psicológica.

A verdade é que o corpo feminino está sempre sobre monitoramento. No modelo capital-colonizador ele possui um propósito definido. E seu propósito se divide em duas categorias: mãe e objeto de prazer.

Ser mulher é sofrer a dicotomia desses espaços e do controle exercido sobre o nosso corpo, autonomia, liberdade e dignidade. Portanto, corpos que não se enquadram nas categorias impostas pelo sistemas, são automaticamente apagados, massacrados e excluídos. 

Os corpos gordos não atendem ao propósito de objetificação e regojizo masculino, portanto são corpos que não representam interesse para o capital. Sendo assim, vistos como um "erro".

Por isso são corpos perseguidos e patologizados independente da saúde real de cada indivíduo. O discurso de "busca da saúde" através do emagrecimento é uma fábula que engana somente quem deseja ser enganado. 

Portanto nunca foi sobre saúde. É sobre controle. É sobre poder. E para as mulheres gordas, sobre pertencer. Que é uma das maiores necessidades do ser humano. E o capital parece fazer questão de tirar isso de nós, mulheres.

Ser mulher muitas vezes se resume a ser bela aos olhos dos outros.  E você já contabilizou aí quanto tempo, energia e dinheiro nós gastamos para manter nossos corpos mais aceitos? Pois é.

São diveeeersas as indústrias que lucram através da nossa insatisfação pessoal. Temos nessa lista as indústrias farmacêutica, alimentícia, da moda e as participações mais que especiais dos médicos indicadores de bariátrica como balinha tic tac e os nutricionistas que adoram prescrever dietas restritivas sem exames bioquímicos. 

E se engana quem pensa que não existe relação entre as duas coisas. Os corpos gordos e fora do padrão femininos são monitorados e excluídos como estratégia biopolítica. O objetivo? Máximo lucro. A matemática é simples. Quanto mais insatisfeita você estiver, mais você gasta tentando se encaixar. 

Mas esse pertencimento temporário é uma cortina de fumaça. 

Porque corpos fora do padrão são apagados, lembra? Esquecidos. E quando lembrados, excluídos. Seja no momento de consumir moda e se vestir, se relacionar com pessoas ou ocupar espaços públicos.

Saúde para corpos maiores? Também não tem. Uma dor de garganta vira uma indicação de bariátrica. Porque o médico diagnostica o que ele consegue enxergar. Ele vê uma patologia ambulante. Portanto, não observa o sintoma, porque está decidido sobre a "causa". Tem idéia da crueldade?

Agora se pergunta aí, quantas mulheres gordas você conhece em cargos de liderança. Poucas ou nenhuma certo? Além do preconceito inerente ao corpo gordo, ainda existe a questão do mobiliário de escritório que não é pensado para pessoas maiores. TODO o acesso é negado a nós. Todo!

E nós não só como marca plus size, mas como mulheres gordas, sabemos o que é sentir essa violência. E estamos dispostas a tentar nos ajudar criando uma comunidade onde possamos compartilhar nossas dores, e nos acolher também.

Nós estamos tentando construir algo diferente. Completamente fora dos padrões. E é uma batalha diária. Mas contamos com a ajuda de vocês para poder produzir mais e mais peças que sejam pensadas e produzidas pros nossos corpos. 

Porque nós acreditamos que parte do pertencimento é construir sua identidade através do estilo e ser bela para si mesma. E aí, estão com a gente? 


Beijocas, nos vemos em breve!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

3 dicas infalíveis para comprar online SEM MEDO

Construir ou melhorar a relação com o nosso corpo é um processo. E nós esperamos poder estar com vocês nessa jornada com algumas dicas simples.

Bora lá?

1- Sempre tenha suas medidas com você

Isso vai facilitar a visualização dos tamanhos das peças que você está pesquisando.
Então antes de tudo vamos tirar suas medidas? 

 Caso você não tenha uma fita métrica nós preparamos uma para imprimir que só necessita de 2 folhas tamanho A4 e que pode ser preservada para uso futuro.


>>> Baixe aqui sua fita métrica <<<

Agora vamos aprender como tirar essas medidas de forma correta:

 


2- Se atente para as informações de tamanhos das peças

Tenha em mente que é importante lembrar da folga de vestibilidade quando estamos falando de tecidos planos (sem elasticidade) e do caimento em qualquer que seja o tecido.
Se você possui algo em torno de 150 cm de circunferência no quadril e gosta de roupas com o caimento mais soltinho, você pode optar por uma peça que tenha pelo menos 10 cm a mais do que o seu tamanho para uma boa vestibilidade.
 
Agora, se você já prefere uma peça mais ajustada ao seu corpo, 5 cm de folga de vestibilidade, deve ser o suficiente para acomodar o seu corpo se movimentando e se sentando. Claro que isso pode variar de acordo com a modelagem de cada peça. Por isso, é sempre importante conferir as medidas da peça e não se guiar só pela tabela.


3- Preste também atenção ao tecido da peça

Peças confeccionadas em tecidos com alguma elasticidade, tendem a se ajustar melhor em corpos que possuem mais volume porque se adaptam aos nossos movimentos sem interferir na nossa mobilidade e na durabilidade da roupa.
Mas isso não significa que você só pode usar tecidos com elastano na composição. Pelo contrário. Só é motivo de atenção por conta das medidas e da folga de vestibilidade.

Caso estejamos falando de um tecido plano, ou seja, sem elasticidade, a folga de vestibilidade NUNCA deve ser menor que 10cm. Porque isso pode prejudicar a vida útil da sua roupa.  Pode parecer muita coisa, mas lembre-se que estamos falando da medida total de circunferência do corpo.

“Ah, mas e se eu quiser um vestido tubinho coladinho em tecido plano? Não posso? Claro que pode. Quem somos nós na fila do pão pra te dizer o que você pode ou não fazer?! No entanto, a gente não recomenda o uso de tecido plano sem folga de vestibilidade na produção de peças plus porque sabemos como o tecido se comporta e também as necessidades do corpo gordo. E a gente tem um compromisso com a sustentabilidade das roupas. E a gente não acredita em comprar peças com “curto prazo de validade”

Como Vivienne Westwood dizia:

“Compre menos, escolha bem e FAÇA DURAR.”


Seguindo essas diretrizes, é quase IMPOSSÍVEL dar errado!
Agora sim! Você tá prontíssima pra escolher sua peça preferida com a gente!
Bora?  

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Chegaaaamos e pra ficar!

 Oi pessoa maravilhouser aí do outro lado da tela! Saudações do lado de cá.

Nós somos a Catwalk Plus e chegamos para oferecer mais conforto, leveza, e autoestima para a sua vida!


A sensação de conforto nunca foi tão procurada pelos consumidores assíduos de moda como nesse momento pós pandêmico. 

Várias pesquisas apontam que durante o tempo de confinamento, as pessoas tiveram tempo para rever seus conceitos de moda e prioridades. Se você não passou por esse auto questionamento, vamos trazer a reflexão aqui nesse momento: 


Será que vale a pena sacrificar seu conforto pessoal só pra usar uma roupa bonita e estilosa?


Nós acreditamos que não. Mas também acreditamos que é possível aliar uma coisa com a outra. Vestir-se confortavelmente não precisa ser sem graça, e você também não precisa abrir mão do estilo para se sentir bem em uma roupa.


Nossa missão como marca é oferecer bem mais que moda. Nós queremos trazer soluções para corpos que são frequentemente marginalizados e esquecidos. E através disso, elevar a autoestima de pessoas que sempre foram levadas  a acreditar que sua existência era feia e indesejada por conta do seu corpo. 


Todos devem ter o direito de se sentir bem na própria pele. E estamos prontos para lutar por isso! Claro que nossa jornada está apenas começando, e sabemos que ainda temos um longo caminho a percorrer. Mas podem escrever aí! Nós viemos para lutar com unhas e dentes.


E aproveitando o assunto, que tal dar uma conferida nos nossos queridinhos que são puro conforto e estilo?


 A gente GARANTE que não existe sensação mais maravilhosa do que vestir algo que foi pensado para o nosso corpo! 

 


Por hoje é só pessoal. Nos vemos em breve!

Um beijo grande, Equipe Catwalk Plus

 

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